Em minhas leituras sobre filosofia, chego neste último mês ao livro “E assim falou Zaratustra” de Nietzsche. Uma leitura que tem me trazido reflexões importantes sobre a vida, nas esferas do conhecer, fazer e particularmente do agir, conforme nos ensinou o grande Aristóteles.
Em um dos trechos do livro eis que me deparo com um texto, de uma página, que mais me parece ter saído de um blog de algum especialista em gestão ágil.
Vamos ao trecho então…
“Quanto mais elevada fora a espécie, com menos frequência as coisas são certo. Vós, homens superiores aqui, não sois todos – fracassados?”
E segue…
“E não admira que tenhais falhado e acertado apenas a metade, vós homens alquebrados! Em vós – homens do futuro, não há esforço e empenho?”
Veja que aqui ele procura motivar os que buscam resultados superiores, já nos colocando que o erro é sim o resultado natural do processo…
…Ou seja amigo, sem erro, sem crescimento, logo nunca acredite em contos de fadas, o que existe é trabalho, muitos erros, poucos acertos, entende?
Isso é a essencia do ágil, David Kelley já dizia (será que ele leu Nietzsche?) “Erre logo para vencer mais cedo”.
E tem mais…
“Não admira que muitos potes tenham despedaçado! Aprendei a rir de vós mesmos, como um homem deve rir. Vós homens superiores, oh, quantas coisas ainda são possíveis.”
Ou seja, aqui ele te dá uma dica para encarar o erro como algo positivo, lembro que ele escreveu isto em 1885! Brilhante não é mesmo!
Ah, ele segue e dá mais uma dica importante…
“Acercai-vos de coisas pequenas, boas e perfeitas homens superiores! Coisas cuja maturação dourada cura o coração. A perfeição nos ensina a esperança.”
Quando li isso pensei…olha aqui a orientação para criação de pequenas vitórias, as chamadas quick wins, que nos ajudam a solidificar resultados, animar o moral da equipe e demonstrar aos que nos rodeiram que “vai dar certo”.
Amigos, cada vez mais me convenço que temos muito a aprender com os grandes mestres, tem muita coisa hoje com o rótulo de novo que, na verdade, já foi pensada e depurada com propriedade nos clássicos.
Recomendo a leitura! “Assim falou Zaratustra” de Nietzsche, forte em alguns momentos, revelador em outros, no final (estou chegando ao fim), me sinto mais próximo da minha verdade.
Saudações a todos…