Muitos me perguntam por onde costumo começar quando me deparo com uma situação problema em um cliente, bom infelizmente sou obrigado a dar aquela resposta típica de consultor: “Depende”.
Explico, dentro das organizações raramente nos deparamos com problemas estruturados, nos quais uma rápida análise de causa-efeito nos leva à origem do problema.
Usualmente temos um cenário típico de um problema não estruturado, não há uma solução clara e as próprias informações fornecidas pelo cliente podem nos dar pistas falsas, assim se faz necessária uma abordagem mais completa, e que leva mais tempo.
Gosto de começar a análise da situação do cliente olhando o problema sob diferentes pontos de vista, os quais estão organizados na figura 1 a seguir:

Percorrendo estes aspectos, ou pontos de vista, costumo me sentir mais seguro na análise da situação, reduzindo as chances de que preconceitos ou outras questões tentem prejudicar o processo.
A implementação de qualquer mudança no modelo de negócio requer bons alicerces, isto toma tempo para que saiamos do que costumo chamar de “nuvem” e ir para o “tijolo”.

Costumo ver em muitas organizações uma precipitação na definição de iniciativas de mudança, baseada em preconcepções dos executivos ou em mapeamentos incompletos, como se problemas organizacionais fossem desafios meramente cartesianos.
Velocidade é diferente de pressa, uma definição inadequada do escopo da iniciativa (o tijolo) pode levar ao desperdício de tempo e dinheiro.
Por isso sugeriria muito uma boa investigação inicial da situação problema, é a primeira etapa do design thinking, um processo de raciocínio que procura nos ajudar na descoberta de soluções que agregam valor diante de problemas complexos.
Como comentei no artigo anterior, o princípio de tudo é estar atento, pense nisso…
Grande abraço!

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